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Diário de bordo

por Renata Corrêa


Na oficina de ontem, ela abriu o caderno que trouxe de casa e mostrou a frase: “Eu quero fazer algo tremendo!”. Então começamos nossa investigação do que pudesse ser tremendo. Abri mão do que havia preparado. O que dizer diante dessa frase desejante? “Ok, façamos.” Ela também trouxe uma planta suculenta que brotava numa casca de ovo, como quem avisa: “Olha, o que eu trago é frágil, mas brota e resiste”. Vejo aqui duas coisas estabelecidas entre nós:


1) Despojamento para criar, mesmo tremendo.

2) Vontade de observar juntas o que o tempo faz e cuidar daquilo que cresce enquanto ele passa!


Lidar com o que o instante oferece. Permitir-se abrir mão de um certo método, se convier. Esse é um trabalho de escuta. A partir disso, ver o que os recursos disponíveis oferecem para dar corpo e forma ao desconhecido. Proposições com essa abertura tocam uma espécie de “prática estética”, já que o processo de criação e busca em si já são a própria concretização daquilo que podemos chamar de arte. "Algo" dessa prática se funda na característica da presença instante e criativa dos participantes!






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